o silêncio
da cidade grande é barulhento,
gente, ansiedade, motor, modernidade,
e se as palavras são levadas pelo vento,
a calmaria só é possível dentro de nós,
que não somos calmos,
mas uma porção de pulsão,
uma punção de versos,
dos seus versos,
da sua poesia que leio em voz alta,
do desejo de lê-la,
da vontade de tê-la na minha garganta,
que recita, excita e que canta
um canto de sentidos, encanto da iara,
relógio de areia movediça,
que se move dentro de mim.
I.R.