no balanço da rede,
no balanço do mar,
no balaço do tiro de festim,
há festa em mim, arrastão...
lanço de rede ou de ideias,
emoção à flor da pele,
pérolas imperfeitas de ostras belas
surfando na ginga das ondas,
se agigantando como swell.
I.R.
no balanço da rede,
no balanço do mar,
no balaço do tiro de festim,
há festa em mim, arrastão...
lanço de rede ou de ideias,
emoção à flor da pele,
pérolas imperfeitas de ostras belas
surfando na ginga das ondas,
se agigantando como swell.
I.R.
encontros, desencontros,
o medo e os monstros de estimação
encontram a cabeça um turbilhão,
como uma ressaca na Praia Grande.
relações no metaverso,
fragmentadas, fragmentárias,
conexões refratárias...
o dia que passa, a vida que passa...
vozes desconexas
e o pôr do sol aplaudido de pé.
I.R.
no envio da mensagem,
aquilo que se compartilha,
o todo e a parte
a sorte de se doar,
e de ser do ar,
a arte de se domar
de ser do mar...
no envio da mensagem
a construção de pontes
na medida infinita do horizonte
observado de lados opostos da calçada
e viver um com o tudo,
e então ser um com o nada.
I.R.
O que se espera e o que acontece,
As pequenas supresas desta vida,
Isso que a deixa alegre e colorida
Chega, fica, se instala e agora cresce
E chega por si só, e não por prece,
Sem pressa, mas sem pausa e mais querida
Na construção diária que é vivida,
Na nossa trama urdida que se tece
E isso que chega em forma de presente
É pra viver agora, vida urgente,
Unida ao todo, unida ao que revele
Que num abraço cabe um universo
E que não há no mundo nenhum verso
Que se compare ao toque da tua pele
I.R.
há poucas respostas
e muitas perguntas
dentro de outras perguntas.
inventamos lendas, o que nos conforte,
um destino, uma sorte,
criamos alívios pelo peso de desconhecer
o que não iremos saber...
surgimos do caos e do acaso
soldado raso que se pensa general
somos matéria
e o mistério que lhe dá vida,
essa que não veio do barro,
mas nasceu no mar.
I.R.