é difícil ser leve quando no disco rígido
de nossas lembranças somos tão duros.
é preciso ressignificar a memória,
aprender da história.
pois deletar aliena,
mas viver do passado aprisiona.
I.R.
é difícil ser leve quando no disco rígido
de nossas lembranças somos tão duros.
é preciso ressignificar a memória,
aprender da história.
pois deletar aliena,
mas viver do passado aprisiona.
I.R.
quando a noite caiu sobre mim
o breu obrou o milagre da luz
em consciência,
(inconsciência...)
brilho pulsante de um quasar,
quase um cometa
que comete o desatino
de viver o seu destino.
quando a noite caiu sobre mim e me amou,
me desarmou,
e eu cortei as amarras do foguete
rumo a marte.
não há parte, (não aparte),
só há todo, sem toldo,
só há tudo pra gente ver o luar
I.R.
vivo na borda,
na beira,
na encosta do pontal,
entre o mar.
vivo a bordo de mim,
às margens de certas convenções,
na ribanceira de tantas emoções
que descem ladeira abaixo,
onde eu me acho...
equilibrista do meu caos organizado,
organizado de modo improvisado,
mas pensado e sentido, como forma de amar.
vivo no limite, na circunvalação,
no cabo...
consciente do que reabro,
reencontrando esse meu lugar
I.R.