quinta-feira, 10 de agosto de 2017

quinze minutos de claustrofobia

na arte da viagem,
de onde sai um, entram três,
os corpos unidos, colados,
compartilhando o hálito
e as câimbras,
os cheiros, os suores,
aquele silêncio incômodo...
e um estar só,
sem estar sozinho...
poucos quilômetros
que são uma maratona,
corrida matutina
sem espaço,
sem ar,
sem dignidade...
na arte da viagem,
não há arte,
há capitalismo selvagem
e claustrofobia.

I.R.