quinta-feira, 24 de novembro de 2016

bancando

Foto: Paulo Loureiro

não banco o bambambã,
nem me acho...
e se me encontro de vez em quando
é porque na arte do encontro
também há lugar pra mim...
no banco do calçadão
desfilei descalço,
qual passarela,
minha solidão
e minhas mágoas,
meu descanso
e meu olhar posto nas águas do mar,
no concreto da avenida,
no objeto e no ponto de partida...
não banco o sabe tudo,
sou cheio de poréns e algum contudo,
talvez por isso,
sentado como o pensador,
apenas aprecio...
apreciar também é uma forma de agir

I.R.