terça-feira, 10 de maio de 2016

idade

chega um momento,
uma hora,
em que mais que o documento
ou uma sensação,
agora fala a razão
ou a fragilidade do corpo...
porque no coração ou na cabeça
na intenção e no sentimento,
ainda sou o mesmo menino
que corre riscos,
que escreve o destino...
o mesmo kamikaze...
ou quase...
de vez em quando a cintura
me lembra sem doçura
o que naturalmente esqueço.

I.R.