Foto: Jacqueline Hoofendy
dedilho nossa verdade
como quem toca
uma melodia
nas cordas de aço...
componho um espaço,
meio dueto e meio solo
nessa sinfonia...
sou aranha de jardim
tecendo sobre teia usada,
sou aranha ausente,
tecendo num jardim
de um éden inventado,
pois não há paraíso possível,
só a música...
dedilhada nas cordas de aço,
nascida como um longo abraço,
café da manhã do amanhã de nós dois.
I.R.