Foto: Victor Haim
não é no tarô,
na palma da mão,
no horóscopo
ou na borra do café
que saberei meu futuro...
nem olharei o mundo
através de cúpulas,
onde o ferro trabalhado,
por mais artístico que seja
não me deixe ver o céu em liberdade.
tomarei a vida em pequenos goles,
sorvendo,
absorvendo,
até o fundo,
até o final,
e comerei o açúcar de colherinha
e também a arte que tiver ficado ali,
enquanto a cúpula estrelada
me mostrar luas azuis
e cometas
e eu cometa a felicidade
de pedir mais uma.
I.R.