sábado, 29 de novembro de 2014

vulcão no leito do mar

Foto: Frank Rustad

lá no fundo do mar comprido,
ladrilhei uma calçada de mar,
fiz uma ciclovia com pedrinhas de brilhantes,
conchas, búzios,
e não fugi do canto da sereia...
uma melodia alegre, profunda,
cheia de cicatrizes,
que inunda a alma e a veia
com sua voz doce.
lá no fundo do mar,
na calçada do mar
onde a onda quebra,
a sereia fechou sua janela,
mas sentou na porta,
de costas pro mundo
e de frente pra vida,
olhando pra mim...
pra ver a lava passar
cantando coisas de amor.

I.R.