sábado, 24 de agosto de 2013

direitos humanos

Foto: Rafaela Reis

o sangue derramado nas mesquitas de trípoli
e o das crianças mortas em damasco.
é o mesmo de quem os matou.
o sangue dos famintos na áfrica
ou dos assassinados em guerras tribais
é o mesmo de quem os mata
é o mesmo de quem os ignora.
o sangue de um cristão ou de um judeu,
de um muçulmano ou de um hinduísta,
de um sikh ou um umbadista,
o sangue de um índio, de um morador de rua,
de um homossexual ou do pastor feliciano,
o de um negro ou o de um cigano,
é o mesmo.

mas preferimos ignorar que cada um
de nós é um homem.

aos direitos humanos, o arame farpado...
direitos para poucos.

porque nós permitimos.

I.R.