Foto: Valeria Medeiros
entre o mar e a areia,
fujo do canto da sereia.
ele é lindo,
mas sempre sabe enganar.
sem perder nem ganhar,
crio sulcos,
abro gretas,
descubro rugas...
a bicicleta não é minha fuga,
e minha sombra é bem maior do que eu.
areia e mar como um só caminho,
histórias por onde pedalo sozinho,
o sol de reflexos dourados
me acompanha com o vento
e se escutasse o lamento,.
o doce canto da sereia,
eu não sei, de mim, o que seria,
mas minhas rugas no percurso
dariam testemunho de mim.
I.R.