terça-feira, 30 de abril de 2013

iguais

Foto: Tania Dubois

o vento que bate na parede
levanta meu cabelo pintado...
e minhas ideias,
entre choques e serpentes,
se perdem no indefinível do meu olhar.
sinto sede de camelo
e a brisa que arrepia minha pele
não sopra.
estou pintado como cada fio,
curtido com o leito do rio,
meu cabelo não nega,
mas só diz entre filamentos
as verdades que revela o vento.
são todos iguais.
somos todos iguais.
a ventania bate na minha parede
e já não posso ser mais o mesmo.

I.R.