sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Soneto dos bancos


Foto: Angela Zaremba


Os bancos alinhados e vazios
São como o coração ou as ideias,
Que sonham com viver as epopeias
De navegar os mares mais bravios.

Mas bancos não são barcos, nem são rios
Os mares da ilusão, das odisseias...
Aos bancos faltam vidas e plateias,
Faltam cores, amores e arrepios.

Mas o verde que é vida por si só,
Desata a esperança como um nó,
Renova a luz, natura e sentimento,

E apesar de vazios, estão cheios,
De sonhos, de projetos e de anseios,
De vida que se espalha com o vento.

I.R.