quinta-feira, 24 de maio de 2012

Soneto de uma viagem



Num mundo curvo, duas linhas retas
Destacam, não obrigam, um caminho,
Abrigam uma esperança que adivinho,
Adivinham estradas mais diretas.

Mas o final não devem ser as metas,
A rota deve ser o que esquadrinho,
Mesmo que se caminhe em desalinho,
E as ideias não sejam tão discretas.

E se de um túnel tiro uma outra ideia,
Escrevo e compartilho com a plateia,
E sigo o viajar dos andarilhos.

Sem bagagem, sem nada, um cão sem dono,
Com ideias de rei, mas não um trono,
Caminhando liberto sobre os trilhos.

I.R.