aquele menino de dezesseis
é baixo, é grande, tem medo
e ama,
talvez por primeira vez,
com cheiro de pão
e quiabo com carne seca.
aquele de dezessete
até tenta não fazer
o que o de dezoito fará,
descortinando um horizonte,
nem sempre belo.
aqueles jovens de vinte e nove
ou vinte e três, de trinta e cinco
ou de quarenta e dois,
que nem sempre foram amados,
nem sempre amaram,
precisam de amparo,
de um colo, de um conselho tardio,
deste adulto de cinquenta,
nessa estrada dos muitos eus
Igor Ravasco